Khaemuaset frente a Ramsés II,
templo de Amenhotep III, em El-Kab
Dentre os mais de cem filhos de Ramsés II (1289-1224 a.C.), como o próprio deixou escrito, um deles haveria de demonstrar um elevado interesse em conhecer o passado do seu país. Khaemuaset, cujo nome significa “o que brilha em Tebas”, é por isso frequentemente considerado o primeiro egiptólogo antes mesmo deste conceito existir. Designado, aos trinta anos, o Sumo Sacerdote de Ptah, em Mênfis, a carreira eclesiástica haveria de lhe dar tempo para se dedicar ao estudo do Egipto antigo, país que já no seu tempo tinha dois mil anos de história à espera de meditação. Com acesso às melhores bibliotecas do Egipto do seu tempo, em Mênfis e Heliópolis, investigou avidamente o passado egípcio e promoveu a reconstrução de monumentos antigos. Enquanto Ramsés II, um propagandista de primeira água, fazia crescer a sua popularidade, pode imaginar-se Khaemuaset no seu scriptorium ou lendo hieróglifos nas paredes de templos e mastabas, investigando a história do seu país.
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