segunda-feira, 3 de junho de 2013

Curso de Verão «Erotismo e Sexualidade no Antigo Egipto»


O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do seu Grupo de Investigação História Antiga e Memória Global, divulga o I Curso de Verão «Erotismo e Sexualidade no Antigo Egipto», coordenado pelos Professores Doutores Luís Manuel de Araújo e José Varandas. O Curso consta de cinco sessões, que decorrerão todas as quartas-feiras, de 10 a 31 de Julho de 2013, entre as 18h00 e as 20h00, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A inscrição é de EUR 40 para os alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e de EUR 60 para o público em geral. Os membros das entidades com as quais o Centro de História tem protocolos de colaboração usufruem também do preço para estudantes FLUL.

Para mais informações consultar o cartaz de divulgação acima ou contactar o secretariado dos Cursos do Centro de História através de e-mail, ou por telefone.

Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA / PORTUGAL
Tel.: (+351) 21 792 00 00 (Extensão: 11610)
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL: http://www.centrodehistoria-flul.com
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Curso de Verão 2013 - Iniciação à Língua Latina


Curso de Verão 2013

Iniciação à Língua Latina

Formadores:
Prof. Doutor André Simões
Dr. Ivan Figueiras

De 05/06/2013 a 19/07/2013
Quarta-feira: 18:30 / 20:30
Sexta-feira: 18:30 / 20:30

Local:
Faculdade de Letras
(sala a determinar)

Destinatários/Público-alvo:
Alunos Faculdade de Letras da Univ. Lisboa (UL), Alunos UL, Alunos pré-universitários, Público em geral, Docentes.

Preço:
Inscrição no curso: 20,00€
Inscrição no Curso de Iniciação à Língua Latina & Curso Heureka: 35,00€

Inscrições e mais informações:
21 792 00 05 / centro.classicos@fl.ul.pt

Mais informações aqui.
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segunda-feira, 15 de abril de 2013

I Curso A Vida no Antigo Egipto




O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através dos seus Grupos de Investigação História Antiga e Memória Global e História Militar e das Relações Internacionais, divulga o I Curso A Vida no Antigo Egipto, coordenado pelos Professores Doutores Luís Manuel de Araújo e José Varandas.

O Curso consta de cinco sessões, que decorrerão todas as quintas-feiras, de 2 de maio a 30 de maio de 2013, entre as 18h00 e as 20h00, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A inscrição é de EUR40 para os alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e de EUR60 para o público em geral. Os membros das entidades com as quais o Centro de História tem protocolos de colaboração usufruem também do preço para estudantes FLUL.

Para mais informações é favor consultar o cartaz de divulgação ou contactar o secretariado dos Cursos do Centro de História através de e-mail, ou por telefone.


Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA / PORTUGAL
Tel.: (+351) 21 792 00 00 (Extensão: 11610)
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL: http://www.centrodehistoria-flul.com
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domingo, 14 de abril de 2013

Calvert Watkins


13 de março de 1933 - 20 de março de 2013


NON DETERRET SAPIENTEM MORS


(Harvard University)
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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Curso de Verão HEUREKA – Iniciação ao Grego Clássico


Curso de Verão 

Duração da formação:
n.º total de horas: 50 h
n.º total de horas presenciais conjuntas: 28 h
n.º total de horas não presenciais: 22 h 

Pré-requisitos:
Não há

Vagas:
Mínimo: 3 alunos
Máximo: 30

Calendário e Datas:
Início: 05 / 06 / 2013
Fim: 19 / 07 / 2013

quarta-feira: 16:00 / 18:00
sexta-feira: 16:00 / 18:00

Formador(es) responsável/veis:
Cristina Maria Negrão Abranches Guerreiro
Professora Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Objectivos da formação:
Aprender os elementos básicos do grego clássico;
Reconhecer a origem grega de muitas palavras da língua portuguesa.

Conteúdos da formação:
À descoberta do grego clássico: começando pelo alfabeto, este curso proporá uma aprendizagem de noções básicas de morfologia e sintaxe (casos e funções sintácticas; declinação do artigo, de substantivos de tema em alfa, ómicron e consoante oclusiva; adjectivos de 1.ª classe; pronome relativo; flexão verbal – presente, futuro, imperfeito e aoristo no modo indicativo).
À descoberta do grego no vocabulário da língua portuguesa.

Metodologia:
Será proposta a análise e tradução de pequenos textos (e.g. excertos de fábulas de Esopo, do Novo Testamento e de Luciano), seleccionados em função das matérias a exercitar em cada aula, e acompanhados de introdução, notas e vocabulário. Para reforço da aprendizagem, duas horas de tutoria serão semanalmente asseguradas pela docente (em horário agendado na primeira aula, de acordo com a disponibilidade dos discentes).

Regime de presenças:
Em cada uma das aulas do curso, o docente fará circular uma folha de presenças, que os alunos deverão ter o cuidado de assinar. A obtenção de um certificado de participação implica a comparência a um número de aulas considerado significativo.

Regime de Avaliação:
Os alunos que pretenderem ser avaliados terão de se submeter, no final do curso, a uma prova escrita. Além da classificação obtida neste teste, para a avaliação final contribuirá também a participação nas actividades propostas ao longo da formação.

Bibliografia recomendada para a frequência:
A par dos textos analisados (sempre acompanhados de vocabulário), serão facultados breves apontamentos de gramática. Para desenvolvimento do trabalho proposto, recomenda-se:
- a aquisição de uma gramática:
• Manuel Alexandre Júnior, Gramática de Grego, Lisboa, Alcalá, 2003;
• William W. Goodwin, A Greek Grammar, London, Macmillan, 1987;
• E. Ragon, Grammaire Grecque, Paris, Ed. Gigord, 1976;

- a aquisição de um dicionário:
• Bailly, Dictionnaire de Grec-Français, Paris, Hachette, 1950 / Abrégé du Dictionnaire de Grec-Français, Paris, Hachette, 1969 ;
• H. G. Lidell – R. Scott, An intermediate Greek-English Lexicon, Oxford, Clarendon Press, 1968 / A Greek-English Lexicon, with a revised Supplement, Oxford, Clarendon Press, 1996;
• Franco Montanari, Vocabolario della Lingua Greca, Turin, Loescher Editore, 1995).

Mais informação aqui.
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segunda-feira, 4 de março de 2013

Colóquio Internacional «Índia e Grécia Antigas»


Colóquio internacional de mitologia comparada subordinado ao tema «Índia e Grécia Antigas».

27 e 28 de março de 2013

Museu do Oriente, Sala Beijing.

Programa aqui.
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Workshop «O Problema do Facto Religioso no Mundo Antigo»


Data: 16 e 17 de Janeiro de 2013.
Horário: 17h-21h
Local: Sala de Exposições da Biblioteca João Paulo II
Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2º piso).

Apresentação

«O tipo de manifestações culturais que habitualmente se incluem na categoria de «religião» das civilizações antigas tem atraído a atenção de especialistas de culturas do mundo antigo, de historiadores da religião, de antropólogos, e de sociólogos, entre outros cientistas sociais que se debruçam sobre a religião. O que é a religião e quem é ou não religioso, por exemplo, são questões que ainda hoje se discutem para o mundo atual. O objetivo deste workshop é contribuir para o debate acerca da natureza da religião, ao apresentar e discutir estudos sobre manifestações religiosas em algumas culturas do mundo antigo.
O workshop será realizado em dois dias, e no início de cada dia haverá duas comunicações seguidas de um comentário por um outro orador e de debate no qual todos os participantes estão convidados a intervir.»

PROGRAMA

Abertura
António Matos Ferreira (diretor do Centro de Estudos de História Religiosa - UCP)

Realeza divina no antigo Egipto e entre os Maias da Mesoamérica
André de Campos Silva (Centro de Estudos de História Religiosa - UCP; Faculdade de Letras - UL)
Miguel Pimenta-Silva (Centro de História - UL)

O conhecimento como meio de obtenção da Salvação, e a questão do medo na religião egípcia
Catarina Almeida (Centro de História - UL)
João Camacho (Centro de Estudos de História Religiosa - UCP; Instituto Prometheus)

A criação do homem e a sua relação com Deus em Israel e na Mesopotâmia
Fátima Rosa (Centro de História de Além-Mar - UNL)
Hans Vogel (Faculdade de Letras - UL)

A utilidade do conceito de pecado aplicado aos mitos hatitas de «divindades desaparecidas» e aos códigos legislativos da Mesopotâmia
João Paulo Galhano (Centro de História - UL)
Maria Fernandes (Centro de Estudos Clássicos - UL; Centro de Estudos de História Religiosa - UCP)

Encerramento
José Augusto Ramos (diretor do Centro de História da Universidade de Lisboa)


Organização:
Grupo de Trabalho «Dimensões Sociais e Institucionais das Religiões do Mundo Antigo» do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa

A participação é livre e gratuita.

Solicita-se a inscrição prévia, enviando para secretariado.cehr@ft.lisboa.ucp.pt indicação do nome, atividade e instituição de referência.

No caso de desejar certificado de participação, terá um custo de 5€.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lisbon Mummy Project


O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do seu Grupo de Investigação Mundo Antigo e Memória Global, divulga o Seminário Interdisciplinar «Lisbon Mummy Project - As múmias egípcias do Museu Nacional de Arqueologia».

O Seminário decorrerá no dia 7 de Janeiro de 2013, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A entrada é livre, destinando-se a inscrição, no valor de EUR 5, à obtenção do certificado de presença.

Contactos:
Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA / PORTUGAL
Tel.: (+351) 21 792 00 00 (Extensão: 11610)
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL: http://www.centrodehistoria-flul.com/index.html
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Conferência «Shakespearian Sophocles»


Conferência «Shakespearian Sophocles», por Fiona Macintosh.

Uma organização do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa.

12 de Dezembro de 2012, às 18h00.
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Sala 2.13.


Contactos:
Centro de Estudos Clássicos
Faculdade de Letras
Cidade Universitária
1600-214 Lisboa
Tel.: (351) 21 7920005
Fax: (351) 21 7920080
E-mail: centro.classicos@fl.ul.pt
Sítio electrónico: http://www.fl.ul.pt/cec/
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Conferência «Politeía e utopia: o caso platónico»

Platão, República 5.472 E-473 D
P.Oxy.LII 3679


O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa divulga a Conferência «Politeía e utopia: o caso platónico», proferida pela Prof. Doutora Maria das Graças Augusto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que decorrerá no dia 20 de Novembro de 2012, às 10h00 na sala 5.2 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.


Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA / PORTUGAL
Tel.: (+351) 21 792 00 00
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL: http://www.centrodehistoria-flul.com
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Iniciação à Escrita Hieroglífica - Curso



O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do seu grupo de investigação Mundo Antigo e Memória Global, divulga o I Curso de Iniciação à Escrita Hieroglífica, coordenado pelo Professor Doutor José Varandas.

O Curso consta de seis sessões proferidas pelo Professor Doutor Luís Manuel de Araújo, e decorrerão todas as quintas-feiras, de 10 de Janeiro a 14 de Fevereiro de 2013, entre as 18h00 e as 20h00, no Anfiteatro IV da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A inscrição é de EUR40 para estudantes e de EUR50 para o público em geral.

Os membros das entidades com as quais o Centro de História tem protocolos de colaboração usufruem também do preço para estudantes.

Para mais informações é favor consultar o cartaz acima ou contactar o secretariado dos Cursos do Centro de História através de e-mail ou por telefone.

Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA (PORTUGAL)
Tel.: (+351) 21 792 00 00
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL: http://www.centrodehistoria-flul.com
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Descoberto local onde Júlio César foi assassinado

Júlio César
100 - 44 a.n.e.

«Investigadores espanhóis declararam hoje, quarta-feira, ter descoberto o local exato onde foi assassinado Júlio César, no ano 44 antes de Cristo (a.C.).

"Sempre soubemos que Júlio César foi assassinado na Cúria de Pompeu, a 15 de março do ano 44 a.C., porque é o que nos dizem os textos clássicos", explica em comunicado Antonio Monterroso, do Centro Superior de Investigação Científica (CSIC) espanhol. "Mas até agora não tínhamos qualquer testemunho material deste acontecimento tantas vezes representado na pintura e no cinema".

Monterroso e a sua equipa anunciaram ter descoberto uma estrutura de cimento com cerca de três metros de largura por dois de altura que foi erguido por ordem de Otávio Augusto, filho adotivo e sucessor de César, no local exato onde este foi apunhalado, em plena sessão do senado, por um um grupo de senadores.

"Sabemos com exatidão qual o local onde Júlio César presidiu a essa sessão do senado e onde caiu, apunhalado, pois foi fechado por uma estrutura retangular formada por quatro paredes que delimitam uma laje de cimento", afirmou o investigador.

Essa laje foi colocada por Augusto para marcar o local onde César presidiu à sua última sessão no senado romano, antes de ser aí assassinado, como forma de condenar o local, afirma o centro de pesquisas.

Esta descoberta confirma, ainda segundo o CSIC, "que o general foi apunhalado mesmo no centro da parte inferior fundo da Cúria de Pompeu, enquanto presidia, sentado numa cadeira, à reunião do senado".

A descoberta insere-se no quadro de trabalhos realizados por uma equipa de investigadores na zona arqueológica de Torre Argentina, no centro histórico de Roma, onde se encontra a Cúria de Pompeu.»

in Diário de Notícias, 10 de outubro de 2012
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

III Curso de História Antiga da Europa e do Mediterrâneo


O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do seu grupo de investigação Mundo Antigo e Memória Global, divulga o III Curso de História Antiga da Europa e do Mediterrâneo «Roma: da urbe às fronteiras do império», coordenado pelos Professores Amílcar Guerra e José Varandas.

O Curso consta de cinco sessões, que decorrerão todas as quintas-feiras, de 22 de Novembro a 20 de Dezembro de 2012, entre as 18h00 e as 20h00, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).

A inscrição é de EUR 40 para os alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e de EUR 60 para o público em geral. Os membros das entidades com as quais o Centro de História tem protocolos de colaboração usufruem também do preço para estudantes FLUL.

Para mais informações consultar o cartaz acima ou contactar o secretariado dos Cursos do Centro de História através de e-mail, ou por telefone.

Centro de História
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Cidade Universitária - Alameda da Universidade
1600-214 LISBOA / PORTUGAL
Tel.: (+351) 21 792 00 00 (Extensão: 11610)
Fax: (+351) 21 796 00 63
E-mail: centro.historia@fl.ul.pt
URL:  http://www.centrodehistoria-flul.com
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Neoplatonismo no Pensamento Contemporâneo - Workshop


Recepções do Neoplatonismo no Pensamento Contemporâneo - Workshop

3-4 de outubro de 2012

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Organização: Grupo de História da Filosofia do CFUL.

Mais informações aqui.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Itamar Singer


26 de novembro 1946 – 19 de setembro 2012



domingo, 5 de agosto de 2012

Ancient World Digital Library



"The Ancient World Digital Library (AWDL) is an initiative of the Institute for the Study of the Ancient World at New York University . AWDL will identify, collect, curate, and provide access to the broadest possible range of scholarly materials relevant to the study of the ancient world."

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Maior barragem dos Maias descoberta na cidade de Tikal

Templo das Máscaras, na cidade de Tikal,
(C) Público

"No meio de uma floresta tropical da Guatemala parece pouco provável que a água tenha sido um problema para o crescimento de uma civilização. Mas foi - e a engenharia é que permitiu à cidade de Tikal, uma das mais importantes da civilização maia, abastecer as suas casas, os seus palácios e templos ao longo de 1500 anos, utilizando um sistema de recolha e transporte de água complexo. A última prova desses feitos de engenharia está na descoberta da maior barragem construída pelos Maias, revelada na última edição da revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences. Era a Barragem do Palácio.


As ruínas de Tikal podem ser visitadas, revelando a imponência da antiga cidade-Estado dos Maias, que misteriosamente entrou em declínio no final do século IX d.C. Mas quem não soubesse dificilmente encontraria hoje as ruínas da cidade perdida no meio da floresta luxuriante, no Norte da Guatemala, com alguns templos em forma da pirâmide a ultrapassarem a altura da vegetação. 

Antes dos problemas sociais ou de anos seguidos de seca terem esgotado a resistência desta e de outras cidades maias - duas das possíveis causas do declínio desta civilização, que séculos mais tarde ainda teve de enfrentar a chegada dos espanhóis -, estima-se que 120.000 pessoas tenham chegado a viver na região central de Tikal, num círculo com um raio de 12 quilómetros.

Como é que esta cidade se abastecia de água potável? O antropólogo Vernon Scarborough e colegas, da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, e da Universidade de San Carlos da Guatemala, entre outros, procuraram uma resposta. Tikal fica no meio da floresta de Petén, na Península do Iucatão, numa zona de grutas, onde a água se infiltra facilmente e desaparece terra adentro. Os maias tiveram de se adaptar a essa situação e construíram um sistema de recolha e transporte de água.

"O sistema de água de Tikal foi um dos maiores, mas não sabemos se foi o maior [da civilização maia]. Funcionava por gravidade e tinha uma série de reservatórios, tanques de assoreamento, sistemas de filtragem, barragens e pequenos canais", explica ao PÚBLICO Vernon Scarborough. 

O sistema dependia completamente das chuvas. Perto do centro da cidade, o depósito de água mais alto que a equipa estudou, o Reservatório do Templo, ficava a quase 250 metros de altura. Tinha capacidade para 27.140 metros cúbicos, o equivalente a um cubo com 30 metros de lado.

"As grandes superfícies pavimentadas do centro ficavam no topo de um monte. Pátios rebocados, praças, campos onde se jogava à bola, pirâmides, todas estas construções foram concebidas para a água escorrer para antigos poços de pedreiras, que foram convertidos em reservatórios", descreve o antropólogo. "Deste modo, a água era contida nestes tanques, situados em altitude, e depois era libertada na encosta, para abastecer os residentes durante as temporadas de seca."

A ocupação de Tikal ter-se-á iniciado por volta de 600 a.C. e manteve-se durante mais de um milénio, com um período de crise pelo meio, também devido à falta de água, no século III d.C., quando a civilização maia passou do chamado período pré-clássico para o clássico.

Aquela região, refere o artigo científico, poderá ter atraído os primeiros habitantes da cidade devido às nascentes de água nas regiões de maior altitude. Depois, a urbanização terá alterado a paisagem.

Entre os seis reservatórios estudados, um deles, o do Palácio, é o segundo mais alto de Tikal, a quase 240 metros de altitude. E foi ao escavar esta zona que os cientistas encontraram aí aquela que é a maior barragem maia conhecida até agora. Os maias aproveitaram uma escarpa para construir a Barragem do Palácio, com pedras, cal e terra. Atingia dez metros de altura e armazenaria 14.000 metros cúbicos de água. 

A equipa quis perceber como era utilizado cada um dos reservatórios durante a ocupação maia, analisando para tal os sedimentos depositados ao longo dos tempos. "O sistema de reservatórios e de desvios de água ficou concluído no fim do período pré-clássico, quando se iniciou uma época mais seca. Provavelmente, esta adaptação ajudou Tikal e outros centros urbanos a sobreviver, enquanto muitos outros foram abandonados", explicam os cientistas no artigo. 

O trabalho também permitiu descobrir que o sistema tinha vários tanques de filtragem - com areia -, para limpar a água, embora os investigadores pensem que seria depois fervida pela população.

Apesar de todo este sistema de abastecimento estar muito longe da tecnologia actual, Scarborough defende que é importante olharmos para estas construções maias para reflectir sobre a forma como esta civilização resolveu um problema essencial: a necessidade de ter água potável. "As regiões tropicais podem ser especialmente complicadas devido ao grande número de doenças infecciosas que aparecem quando a água não é filtrada. No entanto, os antigos Maias desenvolveram um sistema inteligente de recolha e transporte de água. Logo desde o início da ocupação, estavam preocupados em recolher e ter água potável.""

Fonte aqui.
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